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Os originais mocassins

A regra de produção original desse modelo é clara: a folha de couro deve ser inteiramente costurada à mão na própria fôrma

 

Até um editorial da ESQUIRE americana mostrar, na década de 30, fotos de produtores de leite noruegueses calçando sapatos parecidos com o que hoje conhecemos como “loafer”, o modelo era praticamente desconhecido fora da Escandinávia:  quase sem nenhum salto, sem cadarços, e, por isso, mais confortável e fácil de colocar e tirar. Após serem revelados na revista, eles começaram a ser fabricados nos Estados Unidos pela família Spaulding, de New Hampshire. Seu nome é uma referência à área onde as vacas descansavam antes da ordenha (loafing area).

 

O mocassim Eto na cor preta: a fenda da tira supostamente foi criada para guardar a moeda de um centavo (penny) necessária para fazer uma ligação telefônica de emergência - daí o nome em inglês desse modelo: Penny Loafer

 

Com o tempo, o design dos loafers foi passando por transformações. Em 1936, o americano George Henry Bass (G.H. BASS & CO), criou os Weejuns (pronuncia-se "uídjans"), com uma faixa de couro com um losango vazado na parte que cobre o peito do pé. Um dos maiores garotos-propaganda do modelo à época foi o Duque de Windsor (já falamos dele aqui), que era frequentemente visto usando terno com o modelo em marrom e branco – atitude ousada para uma época em que até mesmo calçar sapatos que não fossem pretos era considerado uma rebeldia.

 

Como manda a tradição, os mocassins devem ser costurados à mão, na própria fôrma. Os spots de borracha na sola servem como antiderrapantes

 

Nos anos 60, os Penny Loafers se tornaram realmente populares quando ganharam o guarda roupa dos universitários americanos. Os estudantes supostamente usavam a fenda da tira para guardar a moeda de um centavo (penny) necessária para fazer uma ligação telefônica de emergência - daí o nome Penny Loafer. No Brasil, esse modelo passou a ser chamado de mocassim e se caracteriza, entre outras coisas, por serem casuais e seguirem um padrão de fabricação próprio (leia abaixo). Outros loafers, como o Wildsmith ou o Aurland, costumam ter a fôrma mais alongada e se encaixam melhor em looks sociais.

 

Trata-se de um trabalho minucioso, que só termina quando a folha de couro adquire o formato de um mocassim

 

O processo de fabricação

A regra de produção original desse modelo é clara: a folha de couro deve ser inteiramente costurada à mão na própria fôrma. Pense numa folha de papel e depois num origami. Fazendo um paralelo, é mais ou menos isso o que acontece na produção do mocassim. A característica artesanal se estende por todo o processo de construção do calçado -  só que neste caso há uma fôrma na qual o couro fica envolto. Esse, por sua vez, vai sendo trabalhado até que a matéria prima ganhe o formato e os detalhes de um mocassim. Por prescindir de palmilha, sua estrutura torna-se mais flexível e tende a ficar mais macia com o uso.

 

O Mocassim Paul em fase de finalização

 

 

->   Costurado à mão na própria fôrma, como manda a tradição

->   Sem palmilha, a base do sapato é mais flexível e torna-se mais macia com o uso

->  Spots de borracha antiderrapantes

 

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