Surgido nos anos de 1930, o loafer passou por algumas adaptações, mas segue firme na característica de ser inteiramente costurado à mão na própria forma
O loafer foi popularizado nos EUA nos anos 1930. George Henry Bass criou os Weejuns, e nos anos 1960 os Penny Loafers ganharam destaque entre universitários. No Brasil, o modelo é chamado democassim, com estilo mais casual. Saiba mais sobre como surgiu o loafer.
Até um editorial da Esquire americana mostrar, na década de 1930, fotos de produtores de leite noruegueses calçando sapatos parecidos com o que hoje conhecemos como “loafer”, o modelo era praticamente desconhecido fora da Escandinávia.
As principais características da novidade eram a (quase) ausência de salto e não ter cadarços. Por isso, eram mais confortáveis e fáceis de calçar.
Depois de descobertos pela revista, os loafers começaram a ser fabricados nos Estados Unidos pela família Spaulding, de New Hampshire. E o nome foi dado em referência à área onde as vacas dos produtores de leite noruegueses descansavam antes da ordenha, a loafing area.
![]() |
Loafer e Penny Loafer
Com o tempo, o design dos loafers foi passando por transformações. Em 1936, o americano George Henry Bass (G.H. BASS & CO), criou os Weejuns (pronuncia-se "uídjans"), com uma faixa de couro com um losango vazado na parte que cobre o peito do pé.
Um dos maiores garotos-propaganda do modelo à época foi o Duque de Windsor, que era frequentemente visto usando terno com o modelo em marrom e branco – atitude ousada para uma época em que até mesmo calçar sapatos que não fossem pretos era considerado uma rebeldia.
![]() |
Nos anos 1960, os Penny Loafers se tornaram realmente populares quando ganharam o guarda roupa dos universitários americanos. Os estudantes supostamente usavam a fenda da tira para guardar a moeda de um centavo (penny) necessária para fazer uma ligação telefônica de emergência - daí o nome Penny Loafer.
No Brasil, o modelo se aproximou do mocassim. Em comum entre os dois está a natureza essencial casual o padrão de fabricação próprio.
![]() |
Loafer: fabricação especial
A regra de produção original desse modelo é clara: a folha de couro deve ser inteiramente costurada à mão na própria forma.
A característica artesanal se estende por todo o processo de construção do calçado, só que neste caso há uma forma na qual o couro fica envolto. Esse, por sua vez, vai sendo trabalhado até que a matéria prima ganhe o formato e os detalhes de um loafer. Por prescindir de palmilha, sua estrutura torna-se mais flexível e tende a ficar mais macia com o uso.
![]() |