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Espadrilles – Um clássico feito de corda, couro e um complexo trabalho artesanal

 

 

Francesa,  espanhola ou árabe? A história sobre as origens das espadrilles – ou alpargatas, como são mais conhecidas no Brasil – é fonte de disputa territorial! De um lado, os espanhóis, que situam seu surgimento na Catalunha da Idade Média, no Século 13, quando os camponeses sentiram a necessidade de um calçado confortável para o trabalho e acessível para o bolso. Do outro, versões que dão conta de uma origem árabe, com sua introdução tendo acontecido na Península Ibérica  e ‘caminhado’ até o sul da França, onde teria recebido o nome de espadrille. O ponto em comum entre todas as teorias: a estrutura simples, formada por um solado de corda, a parte superior confeccionada em lona e uma trama de laços para garantir firmeza nos pés.

 

Apesar da simplicidade da fôrma, a confecção desses modelos sempre incorporou a complexidade característica da arte de fabricar sapatos. A história narra períodos em que uma série de profissionais (com funções específicas) se envolviam na produção de um único par. Enquanto um time de artesãos criava as tranças, o chamado alpargateiro se encarregava das solas de corda; para, finalmente, uma costureira finalizar o processo, arrematando a parte superior e a faixa de tecido. O resultado era um calçado leve e flexível, perfeito para o dia a dia de uma época marcada por intensa atividade externa – sobretudo, no campo do trabalho.

 

 

 

 

A inesgotável busca da moda por novidades foi a responsável por tornar as espadrilles uma “febre” na Europa. À essa altura, meados do Século 20, já não era apenas seu caráter funcional o que mais atraía. O estilo das peças entrava em cena. A década de 1940 contribuiu para esse “hype”, com o modelo aparecendo no look de atrizes como Grace Kelly, Lauren Bacall e Rita Hayworth. Entre eles, também havia adeptos famosos, como pintor Salvador Dalí e o ator Humphrey Bogart – pois é, parece que até o mais durão dos mitos de Hollywood também curtia uma folguinha para os pés...

 

O ápice das espadrilles aconteceu nos anos de 1970, quando o estilista Yves Saint Laurent se uniu à tradicional marca espanhola Castañere apresentou suas versões revisitadas em uma feira em Paris. Saint Laurent conseguira novamente: apontava para o futuro com referências do passado – e claro, dando aquele toque que só ele sabia dar, como os saltos nos modelos femininos. A soma de grifes como YSL e Castañer era o “incentivo” que faltava para que o modelo ingressasse definitivamente na galeria dos imortais – a exemplo de outros clássicos que também trafegam entre os gêneros, como os mocassins e ou mesmo o Oxford, que recentemente ganhou o guarda-roupa feminino.

 

No Brasil, as espadrilles encontraram em duas marcas o canal que as tornariam populares nos trópicos: a Fábrica Brasileira de Alpargatas, que lançou seu primeiro modelo no mercado nacional em 1907; e a espanhola Cervera Alpargateria, nome essencial na confecção desse estilo de calçado e que agora se junta à LOUIE para produzir a LOUIE Espadrille Esparto.

 

 

 

Tags: louie

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