Considerado sapato masculino por excelência, o Oxford surgiu no ligado à universidade de mesmo nome e teve o conforto e a praticidade como base para sua criação
O Oxford surgiu em 1825 na Universidade de Oxford, criado para conforto com fendas laterais, depois substituídas por cadarços. Apesar de sua origem ser disputada, o modelo se tornou popular e foi destacado como o calçado ideal para homens em 1846. Conheça mais sobre a criação e as principais características deste que é considerado o maior clássico masculino.
Já falamos aqui no Editorial & Things sobre o surgimentodo modeloDerby e o quanto ele revolucionou a história dos calçados masculinos ao romper com a estrutura rígida das botas, introduzindo o sistema de amarração por laço. Agora é a vez de outro estilo de calçado masculino que a história se encarregou de transformar em sinônimo de elegância para o homem: o Oxford.
A versão mais compartilhada pelos estudiosos é que o Oxford tenha surgido na Inglaterra, na famosa Universidade de Oxford (daí o nome). Seus alunos teriam popularizado uma “meia bota” conhecida na época como Oxonian Shoe, por volta de 1825.
Oxford: o clássico dos clássicos
No início, essa variação trazia fendas laterais que garantiam o conforto na hora de circular pelo compus – algo que interessava mais aos estudantes do que o “apelo fashion” dos sapatos de cano longo (e até saltos mais altos) que a corte francesa havia popularizado entre as elites europeias até então.
Com o passar do tempo, as fendas deram lugar ao sistema de laços e que se transformariam nos cadarços que conhecemos hoje, ainda assim nas laterais.
Esse sistema de amarração, por sua vez, acabou migrando para o peito do pé. Ao passo que mudanças futuras iriam ainda diminuir gradativamente o tamanho do salto e o comprimento do cano, que acabou desaparecendo por completo, deixando o tornozelo à mostra.
Oxford: há quem conte outras histórias
Há quem conteste se todas essas adaptações teriam se dado nos corredores e pátios da Oxford. Alguns reivindicam que o surgimento do Oxford teria se dado na Escócia e na Irlanda. De todo modo, um ponto é indiscutível: as transformações que levaram das botas ao Oxford miravam no conforto.
Pontuar cada uma dessas mudanças na linha do tempo também é algo que as publicações especializadas em moda masculina ainda não conseguiram fazer. Mas há outra data importante na história do Oxford: 1846.
Foi nesse ano que Joseph Sparkes Hall, criador da bota Chelsea, escreveu no The New Monthly Magazine que, assim como o sapato de salto “era só que se via nos pés das mulheres”, nos dos homens eram os Oxonian – “o melhor para caminhar”, em suas palavras. “Eles são amarrados por laços que passam por três ou quatro buracos e agora passam a ser chamados de Oxford”.
E nunca mais deixou de ser assim.